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sexta-feira, 31 de julho de 2020

[0110] Manuel Lereno, um calipolense acidental

Manuel Lereno, actor e declamador de longa obra no teatro, cinema e na televisão (inclusive discos gravados), nasceu acidentalmente em Vila Viçosa, devido ao facto de na altura o pai, militar do Exército, estar em serviço na terra. Mas como quem nasce no chão de Vila Viçosa é calipolense, está o assunto arrumado. A curiosa notícia, uma de dezenas que temos em arquivo sobre este nosso patrício, algumas delas de jornais brasileiros, é de Maio de 1956. 

Quanto ao livro cuja capa se reproduz, é possivelmente o único que publicou e é edição de autor. Composto e impresso na Tipografia Ideal, Calçada de São Francisco, 13, Lisboa, ficou terminado a em Julho de 1975. Teve orientação gráfica de Apolinário Ramos. Dele, reproduzimos "Flor". De Manuel Lereno são também poemas musicados para a música ligeira.




FLOR

Não sou a flor de estufa
saída dos cuidados
e das mãos do jardineiro
que a formou a seu contento.

Sou a que nasce espontânea
aonde quer
e vive feliz ao sol e ao vento.

quinta-feira, 30 de julho de 2020

[0109] Passagem do tempo pela Sala dos Duques, no Paço Ducal de Vila Viçosa

A Sala dos Duques é a maior do Paço, sítio de grandes cerimónias, servindo por exemplo de Sala de Audiências. É também conhecida como Sala dos Tudescos, em virtude da existência de soldados alemães que à sua entrada serviam de guarda de honra. Os retratos de corpo inteiro dos duques (tecto) são da autoria do pintor italiano Giorgio Domenico Duprà (nascido e falecido em Turim, 1689-1770) que esteve em Portugal ao serviço de D. João V entre 1718 e 1732. Deslocados os lustres e as armas, houve pinturas que também mudaram e armaduras que saíram e regressaram.

Arquivo José Manuel Pinho Martins





terça-feira, 28 de julho de 2020

[0108] Padre Joaquim José da Rocha Espanca: a verdade, sempre, acima da "ideia"


[0107] Os dois bustos de Henrique Pousão

Ambos da mão do escultor Américo Gomes (Porto) não são exactamente iguais. Um está em Vila Viçosa, na Praça da República, o outro nas imediações do Museu de José Malhoa, nas Caldas da Rainha. A história do busto de Vila Viçosa é demasiado longa para poder figurar neste blogue mas já a escrevemos no "Diário de Notícias" e noutros locais, para além de termos proferido uma palestra sobre o assunto em 27 de Maio de 2006 em Vila Viçosa, durante as III Jornadas do Património. Foi o primeiro monumento escultórico público a ser inaugurado na vila ducal, em 20 de Março de 1943, pouco antes da estátua equestre do Rei D. João IV, esta em 8 de Dezembro do mesmo ano.

Foto Joaquim Saial

Foto Joaquim Saial
Busto de Vila Viçosa
"A.co Gomes / Modelou / Porto - 1936"

Foto Joaquim Saial

Foto Joaquim Saial
Busto das Caldas da Rainha
"A.co Gomes / 1936"

[0106] Henrique Pousão em 1864

O pintor, nascido a 1 de Janeiro de 1859, teria nesta altura mais de cinco anos. Trata-se de fotografia pouco conhecida, reproduzida na separata cuja capa se mostra a a seguir. Ambas as imagens são ofertas de José Manuel Pinho Martins, a quem o AVV mais uma vez agradece. Para quem não está familiarizado com a biografia do pintor, informamos que a parte mais significativa da sua obra está precisamente no Museu Nacional de Soares dos Reis, instalado no Palácio dos Carrancas, Porto, ambos indicados na capa da separata.


quarta-feira, 22 de julho de 2020

[0105] Comemoração do 100º post do AVV (5.º e último post comemorativo) Um antigo Saial cheio de engenho

A coisa aconteceu próximo do final do reinado de El-Rei D. Luís, no âmbito da Exposição Industrial Portugueza (sic) de 1888 que decorreu na Avenida da Liberdade, Lisboa. A bibliografia sobre o tema em documento físico e na internet é vasta, pelo que nos abstemos de "encher" o post com explicações adicionais sobre o certame. O que nos interessa é ver como Vila Viçosa e em particular um avoengo nosso se fizeram apresentar com sucesso neste evento que, sendo sobretudo de teor industrial também teve uma vertente agrícola.


Como se dizia na folha oficial de 17 de Agosto de 1889, a Câmara Municipal de Vila Viçosa obtivera uma medalha de cobre (onde parará ela?) pela exposição de amostras de mármores, xisto e argilas da região. Galardão idêntico fora atribuído à vizinha Borba, pelos seus mármores e por uma pedra de mó apresentada.


Mas houve também um particular galardão para um calipolense, neste espaço principal do evento, atribuído ao nosso parente Manuel Rodrigues Saial, homem de engenho técnico que inventou uma fechadura de quatro línguas com a qual obteve uma menção honrosa. De igual modo, neste caso, o brilho foi dividido com os açorianos Bento José Pacheco e Cabral de Mello, de Ponta Delgada, que apresentaram objecto semelhante, uma "fechadura de quatro segredos".


Acontece que o nosso parente por afinidade Manuel Francisco Grilo (recentemente falecido), um dia ofereceu-nos uma boa reprodução desse diploma cujo original, segundo nos disse, ainda existe nos arquivos do Paço Ducal de Vila Viçosa. Aqui fica agora à vista o documento, pela primeira vez, fechando-se com chave de ouro esta comemoração do 100.º post do AVV.

[0104] Comemoração do 100º post do AVV (4) Construção da estátua equestre a D. João IV

Já contámos a história desta estátua em livro (que muitas pessoas de Vila Viçosa têm) e na Revista de Cultura "Callipole" (na posse de ainda mais), pelo que agora apenas dizemos que é da autoria do escultor Francisco Franco, que o pedestal tem o risco do arquitecto Pardal Monteiro e que foi feita no âmbito das comemorações Centenárias de 1940. Prevista a inauguração (com atraso) para 1 de Dezembro de 1943, esta passou para data mais consensual, de 8 (dia de N.ª Senhora da Conceição), para não ofender os convidados espanhóis que assistiriam ao acto. Fotos pouco vistas, em mais uma oferta de José Martins.


[0103] Comemoração do 100º post do AVV (3) Café Framar, uma mágoa pungente no coração dos calipolenses

Como em todas as terras de todo o mundo, em Vila Viçosa há coisas que têm ido desaparecendo, umas mais marcantes que outras, sobretudo no aspecto sentimental Algumas, por necessidade absoluta de novos tempos; outras, desnecessariamente, diga-se. E de facto, neste particular, situa-se o Café Framar, "falecido" depois de longa agonia e jamais substituído. O nosso amigo José Martins (familiar dos primitivos proprietários do café, nos tempos de glória deste) enviou-nos duas imagens fabulosas que nos mostram uma vivência extinta, a das chamadas "Tardes Musicais do Café Framar". Entre os músicos, Leolinda Trindade no acordeão... Grandes tempos, grandes tempos!...


[0102] Comemoração do 100º post do AVV (2) O Conde de Arnoso e Vila Viçosa

Esta separata de "A Arte e a Natureza em Portugal" (edição bilingue português/francês em 8 volumes saída entre 1902 e 1908 que resulta da colaboração entre a sociedade de Emílio Biel & Cia. Editores e Cunha Morais e F. Brutt.) é da autoria do Conde de Arnoso, Bernardo Pinheiro Correia de Melo (1855-1911) secretário particular do Rei D. Carlos e um dos célebres "Vencidos da Vida". Sobre a sua biografia, ver AQUI e AQUI. As duas fotografias de Vila Viçosa, constantes da separata intitulada "Villa Viçosa", de 1904, cujas imagens de capa e de interior (duas vistas da vila mostrando-nos a cerca em estrela hoje quase desaparecida e a fortaleza renascentista antes do restauro) foram enviadas ao AVV por José Manuel Pinho Martins, a quem muito agradecemos.



[0101] Comemoração do 100º post do AVV (1) O "Almanach Historico e Illustrado de Villa Viçosa"

Mostrámos ontem a capa e alguns excertos do "Almanach Historico e Illustrado de Villa Viçosa" de 1909, propriedade de Ana Rita Aurélio Ramos. Hoje é a vez de divulgarmos o volume seguinte, de 1910, imagem oferecida pelo nosso amigo José Manuel Pinho Martins. Duas peças que aguçam os apetites vorazes de qualquer bibliófilo que se preze... e que mereciam edição renovada e comentada, dado o elevado interesse que apresentam para a história de Vila Viçosa.

[0100] Comemoração do 100º post do AVV (0)

Atinge-se com este, o 100.º post do AVV. Com o material do nosso arquivo, pacientemente coligido ao longo de décadas, e a generosa e sempre bem-vinda colaboração de uma meia dúzia de amigos calipolenses, temos viajado ao longo deste último ano pelas coisas de Vila Viçosa, terra sem fundo no que diz respeito a história. E isso continuaremos a fazer, enquanto for possível. Um abraço para os patrícios que se interessam pela res calipolense, pois é sobretudo para eles que este blogue existe. E em dia de festa. seguem-se cinco posts de luxo.

terça-feira, 21 de julho de 2020

[0099] Outubro de 1932, Grande Exposição Industrial Portuguesa, Parque Eduardo VII, Lisboa. Vila Viçosa estava lá! E em grande!

[0098] Estávamos em 1844. Mas que raio de cadeia, a nossa... Eles queriam era comemorar o Santo António!...

[0097] Um teatro Bragança, numa rua Bragança (ver dois posts anteriores)

[0096] Nada como uma biblioteca perto de uma cadeia (do almanaque cuja capa foi divulgada no post anterior)

[0095] Uma preciosidade, acabada de chegar ao AVV

Propriedade de Ana Rita Aurélio, a quem MUITO agradecemos

[0094] Um regulamento acertado e útil que deve ser conhecido e do qual, por ser longo, apenas apresentamos a "localização" e a Nota Justificativa


Ver integralmente AQUI


sábado, 18 de julho de 2020

[0091] Comemoração do 1.º aniversário do AVV (10)

ENCERRAMOS AQUI A COMEMORAÇÃO DO 1.º ANIVERSÁRIO DO "ARQUIVO DE VILA VILA VIÇOSA". VEJA OS NOSSOS POSTS, NOMEADAMENTE OS MAIS RECENTES, A PARTIR DO 75, COM MATERIAL DE MUITO INTERESSE PARA QUEM É DA TERRA E /OU GOSTA DELA.



[0090] Comemoração do 1.º aniversário do AVV (9) Foi em Janeiro de 1912, para um jornal de Évora

[0089] Comemoração do 1.º aniversário do AVV (8) Um malandreco, o Manuel Gomes Perdieiro... em Janeiro de 1895

[0088] Comemoração do 1.º aniversário do AVV (7) Pagela de 1966, publicada pela paróquia de São Bartolomeu



[0087] Comemoração do 1.º aniversário do AVV (6) Públia Hortênsia já surgia no "Primeiro Ensaio sobre História Literária de Portugal", em 1845




[0086] Comemoração do 1.º aniversário do AVV (5) Um alferes atento aos patifes alentejanos da zona de Estremoz

Em 1821, o alferes José Jacob Soares estava bem atento aos patifes que cruzavam o Alentejo. Até prendeu o Chico Cruz que havia roubado uma égua e que foi despachado para Vila Viçosa mais o bicho.