Mais uma gentileza de Augusto Casaca, esta foto do funeral do benemérito Dr. Jardim, e notícia do nosso arquivo pessoal. A figura sobre a qual incidiu a última palavra da indicação do AAC é o também saudoso Dr. Joaquim Torrinha, facilmente reconhecível.
Não o diz o bilhetinho, mas os 30 centavos pagavam uma entrada no Hospital da Santa Casa da Misericórdia, para se visitar um doente.
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| Documento gentilmente cedido pelo nosso amigo e patrício, pintor Augusto Casaca |
Aqui no Arquivo de Vila Viçosa, tal como em toda a literatura e blogues que produzimos, somos MUITO a favor da atribuição de autorias - até porque já sofremos desse "mal" na nossa pele... Claro que nem sempre as colocamos, por não as conhecermos. Mas, uma vez por outra, lá surge quem nos elucide, o que MUITO se agradece. Dois casos desses constituem a matéria deste post, sobre dois autocolantes cujos feitores agora foram finalmente desvendados pelo nosso amigo Augusto Casaca, aliás, participante num deles.
Eis o texto do post inicial:
Não se sabe quem era o remetente, nem o nome do destinatário deste postal, sequer a data em que foi enviado dentro de um envelope - embora um excerto evidencie que já estávamos em República (aquele "Agora menos valor tem, porque não serve para nada"). Mas lá que o sujeito não queria nada com a monarquia, isso é um facto...
(para o ler com mais facilidade, faça como habitualmente: clique na imagem)
Longe vão os tempos do estaminé do Chico Zé no Rossio, onde se produziam refrigerantes, nomeadamente os para sempre saudosos pirolitos. Por outro lado, Vila Viçosa, tão perto de Borba, não tem vinhos que a distingam. Mas hoje possui uma recente empresa de cervejas e bebidas espirituosas artesanais, a Craft Heritage - Beer & Spirits, pela qual ontem passámos (com simpática visita guiada por um dos dois proprietários) e nos impressionou pela variedade de produtos do seu catálogo, modernidade (até pioneirismo, em alguns aspectos, como é o caso do "gin ready to drink") e qualidade das instalações e equipamentos. Quanto à cerveja Libata, já a conhecíamos de a bebermos com agrado (nomeadamente na versão "blonde ale"), num estabelecimento de restauração da terra. Agora, adquirimos prometedora garrafa de Gin Cicerone... decerto outras se seguirão, talvez um rum, talvez uma vodka, talvez um whisky (todos da marca Cicerone).
AQUI fica o link para o site da empresa que se situa no Parque Industrial de Vila Viçosa, via S2, n.º 26. Depois da qualidade dos famosos e consistentes mármores calipolenses, saudemos a "liquidez" destas novas libações libatas...
A estátua, como sabemos, é da autoria do escultor madeirense Francisco Franco (pedestal do arquitecto Pardal Monteiro); o desenho dos selos é do irmão Henrique. Do selo de 15 centavos, foram feitos dez milhões e meio de exemplares; do de 35 centavos, apenas... um milhão e duzentos mil.
A metalúrgica António Barradas & Filhos, Lda., situa-se actualmente no Parque Industrial de Vila Viçosa. As primeiras duas imagens são de um calendário de 2020 (excerto do calendário e ampliação); as seguintes são de um casão existente na Alameda Henrique Pousão que já depois das fotos feitas surgiu neste mês de Janeiro com publicidade para ser vendido. As duas últimas são de referência bem mais antiga.
Repare-se no logótipo da empresa e nas letras MAB. Observe-se também que no logótipo da placa existente no portão, o n.º de telefone é 42483 e noutra placa mais antiga cuja fotografia encontrámos, o número era só... 26 - o que atesta que a empresa foi uma das primeiras entidades em Vila Viçosa a deter o utilíssimo aparelho
Calma, calma, primeiro, a SOFAL ja ardeu, mesmo sem fogo, isto é, desapareceu do mapa, como se se tivesse evaporado, embora deixando lá o convento de São Paulo. Segundo, esta notícia é de 3 de Março de 1943... ainda a estátua equestre de D. João IV estava em fase de feitura, para ser inaugurada no final do ano. Lá que houve fogo na SOFAL na noite de 2 para 3 de Março de 43, isso houve... mas foi extinto com a prata da casa. Os calipolenses, quando é preciso, sabem desenrascar-se sozinhos.
Ou três em um: envelope com imagem papal, selo alusivo à visita de João Paulo II a Portugal e carimbo do dia, com timbre de Vila Viçosa, passado numa auto-caravana dos CTT que esteve na terra dos duques de Bragança no dia da presença do Pontífice.
Vila Viçosa perdeu 12 dos seus filhos, nos três teatros da Guerra do Ultramar. Destes, quatro faleceram em combate, sendo que os restantes morreram devido a acidentes ou doença. Passado mais de meio século sobre a primeira baixa, o tenente piloto-aviador Fernando Alpalhão (primo afastado do autor deste blogue e filho de um capitão do Exército que combateu em França durante a Grande Guerra e de sequelas da mesma morreu), ainda nenhum memorial recorda o seu sacrifíco na terra em que nasceram.
MORTOS EM COMBATE
Tenente FAP piloto-aviador Fernando Henrique Silva Alpalhão (VV–Conceição) – 13.03.1967, Angola
Soldado do Exército Francisco António Veríssimo Pinéu (S. Romão-Ciladas) – 20.07.1968, Guiné
Soldado Pára-quedista José António Serra Zita (Bencatel) – 26.06.1969, Angola
